Clowesia é um género botânicopertencente à família das orquídeas(Orchidaceae). Foi proposto em 1843 por John Lindley, publicado em Edwards's Botanical Register 29: Misc. 25, a espécie tipo é a Clowesia roseaLindley. Seu nome é uma homenagem ao orquidófilo inglês J. Clowes.
Sete espécies pertencem a este gênero de plantas epífitas, cujo centro de dispersão pode ser considerado o sul do México e que se distribuem por toda a América Central até os limites da Amazônia.
As Clowesia têm pseudobulbos com diversos nós e folhas decíduas, finas e nervuradas. A inflorescência é pendente, racemosa e normalmente brota nos nodos basais do pseudobulbo. As muitas flores são perfumadas, com sépalas e pétalas similares, labelo variável, comum de margens fimbriadas, e coluna curta e larga com duas polínias.
É um gênero muito próximo de Catasetum, dos quais difere por apenas por apresentar pseudobulbos em regra menores e somente flores hermafroditas, sem antenas, com estigma transversal e polinário normal.
Mormodes é um género botânicopertencente à família das orquídeas(Orchidaceae). Foi proposto por John Lindley, em A Natural System of Botany 446, em 1836. A espécie tipo é a Mormodes atropurpurea Lindley. O nome do gênero indica que suas flores tem aparência fantasmagórica. Mormodes, é gênero próximo ao gênero Catasetum, porém de porte menor, com flores hermafroditasde formatos intrigantes, cuja coluna é retorcida para um dos lados.
Distribuição
O gênero Mormodes agrupa cerca de oitenta espécies epífitas das florestas tropicais quentes, de baixa altitude, da America Central ao Nordeste e sul do Centro Oeste brasileiros. Pouco mais de vinte espécies existem no Brasil, porém nos últimos anos várias espécies novas tem sido encontradas e descritas.
Descrição
Possuem pseudobulbos carnudos, oblongos e anelados, Muito parecidos, se não iguais aos de Catasetum, com diversas folhas dísticas, normalmente decíduas, estreitas, nervuradas. herbáceas. A inflorescência é produzida das gemas dos nós nas laterais dos pseudobulbos, comum na base ou abaixo da metade, fato bastante distintivo em relação a Cycnoches, que floresce quase sempre perto do ápice dos pseudobulbos.
As flores são muitas e vistosas, de coloridos variados, vermelhas, vinho escuro, alaranjadas, rosadas ou amareladas, pintalgadas ou não. A sépala dorsal algo arqueada sobre a coluna e as laterais voltadas para trás. As pétalas mais largas e ainda mais arqueadas sobre a coluna ou eretas. O labelo é algo trilobado, atenuado em espécie de unguículo na base, em regra com os lobos fortemente arcados para trás, formando uma espécie de túnel, preso à base da coluna, que não apresenta pé, nem asas. Esta sempre é torcida para um dos lados, expondo o estigma, e de modo que o agente polinizador, ao aterrissar sobre o labelo, terá de esbarrar na antera, recebendo imediatamente o retináculo em suas costas, ou se já vier carregando um polinário, polininizará a flor. A antera contém duas polínias, raramente quatro.
Cycnoches é um género botânicopertencente à família das orquídeas(Orchidaceae). Foi proposto em 1832 por John Lindley, publicado em The Genera and Species of Orchidaceous Plants 154. A espécie tipo é a Cycnoches loddigesii Lindley. Seu nome vem do grego kyknos, cisne, e oches, pescoço, em referência ao formato da coluna de suas floresmasculinas, que lembra um pescoçode cisne.
Distribuição
Cerca de trinta espécies pertencem a este gênero de plantas em regra epífitas, que se encontram amplamente distribuídas pela América tropical, Central e do Sul, desde o México até a Bolívia e sudeste do Brasil, podendo ser considerado o norte da Amazônia seu centro de dispersão. Normalmente habitam troncos de palmeiras, ou outras árvores onde haja grande produção de detritos, que, como em Catasetum e Mormodes, acabam por acumular-se em meio às ramificações de suas raízes pneumatóforas. Preferem locais mais secos onde recebam bastante luminosidade.
Descrição
As Cycnoches tem pseudobulbos carnosos e maciços, com diversos nodos e folhas dísticas, decíduas, finas e veiadas. A inflorescência normalmente brota nos nodos apicais em regra com flores unisexuadas. Por vezes apresenta duas inflorescências separadas com flores de sexos diferentres, ou mesmo variando alternadamente ao longo dos anos. Aparentemente a quantidade de luz que a planta recebe determina o tipo de flor a ser produzida.
As sépalas e pétalas, são livres, planas ou reflexas, carnosas ou membranosas, parecem-se, porém as últimas costumam ser algo mais largas. O labelo costuma ser bastante complicado, carnoso, em regra com excrescências longas e glândulas diversas plano ou levemente curvado e atenuado em unguículo para a base. A coluna não tem pé, é clavada no ápice.
Normalmente há mais flores masculinas que femininas, em poucas espécies ambas são parecidas sendo então a principal diferença o fato da coluna da flor masculina ser mais longa, delgada e arcada, sem apêndices na face anterior. Em ambas o ápice da coluna é espessado, na flor masculina a antera contém duas polínias redondas e compactas. Por outro lado, na maioria das espécies as flores femininas se parecem e são diferentes das flores masculinas, sua coluna é mais curta, alada na porção terminal ao lado da bem desenvolvida cavidade do estigma, apresenta antera atrofiada, e o labelo, sépalas e pélatas apresentam-se mais carnosos.
Características distintivas: Parentes próximas de Catasetum, deles de diferenciam pelos pseudobulbos em regra mais alongados, mas principalmente pela coluna das flores masculinas que é muito delgada, curva e longa, nunca com apêndices na face anterior.
Ao iniciar o cultivo de catasetum é necessário a escolha de um local com boa ventilação e que tenha uma cobertura para proteção do excesso de chuva , com boa incidência de luz e separado de outras plantas.
A maioria dos catasetum são plantas de regiões quentes, e maioria das espécies não tolera a exposição por muito tempo a baixa temperatura ou seja inferior a 4 Cº e neste caso as plantas deverão ser abrigadas em lugares aquecidos.
Plantio
O transplante ou plantio deverá ser feito no final do inverno, quando as plantas começam a brotar e emitir as raízes novas. Os vasos indicados são de plástico para as regiões secas e de barro para as regiões onde há muita umidade e deve-se escolher vaso proporcional ao tamanho das plantas. O substrato fica a critério de cada um, o importante é que dê condições de aeração, fixação e disponibilidades de nutrientes. Exemplo : xaxim, musgo, coxim, piassava, casca de arvores (Pinus, corticeira, peroba, ipês, etc..)
Ciclo vegetativo
Os catasetum tem dois períodos distintos ou seja período de crescimento e período de dormência. No período de crescimento os mesmo necessitam de muita água, adubação e tratos culturais, enquanto no período de dormência, que começa logo após as quedas das folhas é neste período que as plantas deverão ficar sem receber água e protegidos de chuvas, com exceção as espécies do alto Amazonas que poderão ser irrigados levemente a cada 15 dias evitando de irrigar nos dias de alta umidade ou dias que a temperatura estiver baixa.
Irrigações
Os cuidados com ás irrigações: irrigar os catasetum somente pela manhã e evitar de irrigar nos dias de alta umidade de modo que à tarde as partes aéreas das plantas estejam enxutas, se a sua região é de alta umidade faça a irrigação somente no substrato evitando que os pequenos brotos fiquem com a água acumulada, o que pode vir a causar o apodrecimento do mesmo. Neste período de crescimento deve-se irrigar com abundância.
Adubação
Para se obter plantas fortes é necessário uma boa adubação no período de crescimento mas sem exagerar na dosagem. Usa-se as doses recomendadas, porem aplique com mais freqüência, usando a formulação balanceada Ex: 10-10-10 ou 20-20-20, dependendo do substrato, pode-se fazer o uso da torta de mamona, usando meia colher de chá em uma só aplicação logo após o inicio da brotação, não é recomendado aplicar quando o substrato for xaxim ou musgo.
Tratos culturais
No período de crescimento os catasetum estão sujeitos ao ataque de pragas e fungos;
* Pragas: As principais pragas que atacam os catasetum são : Ácaros, lagartos, percevejos, pulgões, cochinilhas e besouro.
* Ácaros: Atacam as folhas tornando-as amarelas que posteriormente secam. Quando os bulbos estão em formação, prejudicam o desenvolvimento dos mesmos ou levam a perda total.
* Lagartas: Atacam brotos e folhas novas e a haste floral. No caso dos brotos, este comem o miolo, o que leva à perda do bulbo que ira se formar.
* Percevejos: Estes são menos comum e atacam principalmente a haste floral sugando-as e levando a queda dos botões.
* Pulgões e Cochonilhas: Estes atacam raízes, bulbos, folhas e principalmente os brotos sugando-os e podendo levar a perda total da planta se não for tratada a tempo.
* Besouro: Este quando em forma de larva desenvolve-se dentro da haste floral o botões o que leva a perda da floração. Na forma adulto, atacam as flores.
* Cuidados: Verifique as plantas periodicamente e quando notar a presença destas pragas, consulte um técnico para orienta-lo no tratamento.
* Fungos: Estes aparecem nos bulbos, gemas e folhas. O que geralmente são causado pôr excesso de umidade e a falta de ventilação . Os principais danos são a perda das folhas ou das plantas quando ocorrem nas gemas. Quando notar o aparecimento de pequenas manchas escuras em qualquer parte das plantas, deve-se fazer aplicação de um bom fungicida e procurar arejar mais as plantas.